O programa legislativo, que se chama Terceiro Programa Nacional de Direitos  Humanos (PNDH-3), estabelecerá um nível de controle sobre os meios de  comunicação e propriedade privada que está sendo chamando de “golpe de Estado”  não violento e “ditadura” de um partido socialista. O programa provocou  protestos generalizados de instituições abrangendo desde a Igreja Católica até a  liderança militar, o setor agrícola e até ministros de governo.
A liderança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma  declaração que “reafirma sua posição, muitas vezes manifestada, em defesa da  vida e da família, e contrária à descriminalização do aborto, ao casamento entre  pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção de crianças por casais  homoafetivos”.
A liderança da CNBB “rejeita, também, a criação de ‘mecanismos para impedir a  ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União’, pois  considera que tal medida intolerante pretende ignorar nossas raízes  históricas”.
Ditadura de um partido socialista?
Se o Partido dos Trabalhadores tiver êxito em impor o pacote legislativo  contido no PNDH-3, receberá amplos poderes para silenciar organizações da mídia  que discordem de sua ideologia, para impor sua agenda política pró-aborto e  pró-homossexualismo no país inteiro e para minar os direitos de propriedade  privada. Os abrangentes poderes propostos pelo governo levaram pelo um  proeminente jornalista do Brasil a falar de “ditadura” de um partido.
Por exemplo, o programa trata o assassinato de bebês em gestação como  “direito humano” a ser protegido pelo Estado. A Diretiva 9 inclui “Apoiar a  aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a  autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”.
A diretiva também ordena a criação de “campanhas e ações educativas para  desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo”.
“Educação e Cultura em Direitos Humanos”, o quinto “eixo” do programa,  determina que as crianças desde a infância devem ser doutrinadas no conceito  governamental de “direitos humanos”, o qual inclui “o estudo da temática de  gênero e orientação sexual” com o propósito de “combater o preconceito, às vezes  arraigado na própria família”.
A Diretiva 10 dá um golpe decisivo na tradição brasileira de mostrar  crucifixos em dependências públicas, ordenando a criação de “mecanismos para  impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da  União”.
A diretiva também propõe “Realizar campanhas e ações educativas para  desconstruir os estereótipos relativos à… identidade sexual e de gênero”.
A Diretiva 19 do programa exige a criação de currículos “para todos os níveis  e modalidades de ensino da educação básica” para “promover o reconhecimento e o  respeito das diversidades de gênero, orientação sexual, identidade de  gênero…”
As diretivas educacionais do programa terão um impacto ainda maior  considerando o fato de que o governo recentemente aprovou uma emenda  constitucional obrigando todas as crianças a serem enviadas para a escola a  partir de 4 anos de idade.
Amplo Controle dos Meios de Comunicação e Propriedade Privada. 
A Diretiva 22 do PNDH-3 estabelecerá o controle estatal no conteúdo dos meios  de comunicação, exigindo que as estações de rádio e TV mostrem “respeito aos  Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos,  permitidos ou autorizados, como condição para sua outorga e renovação [de suas  licenças], prevendo penalidades administrativas como advertência, multa,  suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das violações  praticadas”.
A diretiva também determina a criação de “incentivos” para “pesquisas  regulares que possam identificar formas, circunstâncias e características de  violações dos Direitos Humanos na mídia”.
A Diretiva 8 propõe o uso dos meios de comunicação como porta-vozes do  programa governamental de doutrinação em “direitos humanos” para jovens,  determinando a “informação às crianças e aos adolescentes sobre seus direitos,  por meio de esforços conjuntos na escola, na mídia impressa, na televisão, no  rádio e na Internet”.
Com relação à propriedade privada, o PNDH-3 propõe que um “sistema legal”  especial seja criado para a “mediação de conflitos fundiários urbanos,  garantindo o devido processo legal e a função social da propriedade”. O programa  usa linguagem semelhante para os conflitos de propriedade rural. De acordo com o  jornal conservador espanhol El Pais, a linguagem é quase idêntica a do  presidente Hugo Chavez da Venezuela, que fala do conceito de “propriedade  social”.
O programa provocou choque e ameaças de demissão de elevados líderes  militares por propor a criação de uma “Comissão da Verdade” para examinar crimes  cometidos pelo regime militar na década de 1960 e 1970. Os líderes militares  estão isentos de ações legais de tais crimes de acordo com as atuais leis  brasileiras. Lula acalmou temores entre líderes militares concordando em aplicar  a comissão para todas as violações de “direitos humanos”, as quais  presumivelmente incluem as atividades terroristas da oposição socialista durante  o mesmo período.
Controvérsias entram em erupção no Brasil. 
Embora o presidente Lula tenha aquietado temores de uma perseguição  socialista contra seus antigos inimigos militares, o plano continua a provocar  revolta e feroz oposição dentro do Brasil.
Reinaldo Azevedo, que dirige um blog para a revista mais lida do Brasil, a  Veja, diz que a proposta estabelecerá uma “ditadura” dirigida pelos camaradas do  presidente Lula, chama-a de um “golpe de Estado” sem derramamento de sangue e  compara o governo ao de Hugo Chavez, que está gradualmente eliminando as  liberdades civis na Venezuela.
Azevedo também escreve que as propostas “extinguirão a propriedade privada no  campo e nas cidades” e declara que “o Regime Militar instituído em 1964 foi mais  explícito e mais modesto” em suas intenções.
Dimas Lara Resende, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do  Brasil, comentou que “daqui a pouco vamos ter de demolir a estátua do Cristo  Redentor”.
As associações de mídia e agricultura também levantaram a voz contra as  propostas.
O presidente da Confederação Nacional da Agricultura, a senadora Kátia Abreu,  disse que a criação de programas de mediação em casos em que as pessoas invadem  propriedade privada incentivará a violência rural e prejudicará os direitos de  proprietários de terras. Andre Meloni Nassar, diretor-geral do Instituto de  Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, escreve que o programa é um  “funeral para o agronegócio”.
Até mesmo o ministro da agricultura de Lula, Reinhold Stephanes, rejeitou a  idéia, expressando temores de que tais medidas “aumentarão a insegurança no  país” e “fortalecerão organizações radicais”.
Embora o próprio Lula tenha expressado preocupação com algumas partes do  programa, ele parece determinado a defendê-lo, embora o programa ameace minar a  forte popularidade de Lula em seu último de governo.
Traduzido por Julio Severo
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com / Julio Severo
LULA APROVA LEI DO ABORTO E OUTRAS
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Igreja Geração Profética