sábado, 3 de abril de 2010

A VERDADEIRA PÁSCOA

Bruno Henrique Rezende (Domingo 21/03/10)

O erro não está em oferecermos aos nossos filhosum ovo de chocolate

1. INTRODUÇÃO
Na tentativa de “cristianizar” uma prática que nada tem a ver com o verdadeiro sentido bíblico da festa da Páscoa, instituída pelo próprio Deus, muitos artifícios são utilizados para deturpar verdades simples de Sua palavra. Alguns até “espiritualizam”, dizendo que o coelho, devido à sua grande fecundidade, simboliza a Igreja, que recebeu de Deus a capacidade de gerar muitos discípulos. Vale lembrar que no Antigo Testamento bíblico, o coelho era tido como animal impuro. Ao seu lado, dizem eles, vem o ovo que é símbolo de ressurreição, pois contém vida dentro de si que apenas aguarda o momento de ser revelada, fazendo alusão ao sepulcro de Cristo. Assim, o ovo de chocolate é lembrado como o túmulo que se abriu para a ressurreição de Cristo. As pinturas em cores brilhantes que acompanham as embalagens dos ovos de chocolate representariam a luz solar. Que engano!

Mas, como surgiram esses símbolos? Historiadores retratam o surgimento do coelho como símbolo a partir de festividades praticadas anualmente pelos egípcios no início da primavera, que utilizavam o animal como representação de nascimento e nova vida. Ao longo da história observamos que o coelho passou a ocupar o status de símbolo máximo na festa da Páscoa, em detrimento daquele que deveria estar no centro das atenções, Jesus Cristo, o CORDEIRO de Deus. Já os ovos começaram a ser dados como presentes pelos persas e egípcios. Os primeiros acreditavam que a terra teria saído de um ovo gigante, e os egípcios costumavam tingir os ovos com cores primaveris, acreditando que isso transmitiria boa sorte. Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos especificamente na Páscoa. Mais tarde, a própria Igreja Romana foi introduzindo outros elementos simbólicos que nada tinham a ver com as origens bíblicas da celebração da Páscoa (Ex: Velas, que passou a significar “Cristo, a luz dos povos”).

A leitura do livro de Êxodo, capítulo 12, no Antigo Testamento nos mostra a verdadeira origem e significado dessa festa tão importante no calendário judaico e cristão. Depois de o povo de Israel passar mais de quatrocentos anos de escravidão no Egito, Deus decidiu libertá-lo. Para isso suscitou um libertador, Moisés, que transmitiu a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Como faraó rejeitou a ordem de Deus, este enviou sobre a terra do Egito dez pragas, a fim de quebrantar-lhe o coração. Chegou a hora da décima e última praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma alternativa senão a de lançar fora os israelitas. Deus enviou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “(…)todos os primogênitos, desde homens até animais(…)” (Ex 12.12).

O erro não está em oferecermos aos nossos filhos, familiares, amigos (e outros) um ovo de chocolate, mas em não ensinarmos o correto e muitas vezes sermos omissos em relação a isso. Deus nos colocou neste mundo para sermos sal e luz e ele deseja que nós venhamos a agir assim.

Faraó conhecia muitos deuses (o Egito era repleto deles), mas nunca ouvira falar do Deus de Israel. Para ele o Deus dos Hebreus não era muito poderoso. A principio Faraó não ficou muito preocupado com a mensagem de Moisés, pois não tinha visto qualquer evidencia do poder de Deus. Então Deus mandou um recado pra Faraó: as dez pragas. Veja:

1. SANGUE;
2. RÃS;
3. PIOLHOS;
4. MOSCAS;
5. PESTES NOS ANIMAIS;
6. ÚLCERAS;
7. SARAIVA;
8. GAFANHOTO;
9. TREVAS;
10. MORTE DOS PRIMOGÊNITOS.

Faraó não deu ouvidos a mensagem de Moisés e Arão porque não conhecia nem respeitava a Deus. Aqueles que não conhecem a Deus podem não ouvir a sua palavra ou os seus mensageiros, mas é preciso persistir, como fizeram Moisés e Arão. Quando outras pessoas rejeitam sua fé, não se surpreenda ou desista; continue a falar-lhes de Deus, confiando nele para abrir as mentes e quebrar os corações endurecidos.

2. O QUE É A PASCOA?
ÊXODO 12:1-11, 26 e 27
Certos feriados eram instruídos pelo próprio Deus. A páscoa era o feriado que celebrava a libertação de Israel do Egito e lembrava as pessoas o que Deus tinha feito. (Êx. 12: 1- 3)

Para que os israelitas fossem poupados da praga da morte em cada casa um cordeiro teve de ser imolado e seu sangue aspergido nos umbrais das portas. O que isto significa? Ao matarem o cordeiro, os israelitas estariam derramando sangue inocente e o animal sacrificado servia de substituto do primogênito que seria morto naquela casa. Desse ponto em diante o povo Hebreu entenderia com clareza que, para ser poupado da morte, uma vida inocente deveria ser sacrificada em seu lugar. (Êx. 12:3- 30)

A celebração da páscoa destinava-se a lembrar a noite em que o Senhor “ignorou” a casa dos israelitas. Os Hebreus seguiram as instruções de Deus e aspergiram sangue de um cordeiro sobre os umbrais de suas casas. Naquela noite o primogênito de cada família sem o sinal do sangue na porta foi morto. Desse modo, o cordeiro prenunciava Jesus Cristo, o cordeiro de Deus, que derramou o seu sangue para tirar o pecado do mundo. Dentro das casas, os israelitas fizeram uma refeição com cordeiro assado, ervas amargas e pão feito sem levedura (fermento). Os pães asmos poderiam ser feitos rapidamente, pois a massa não precisava crescer, e assim eles podiam partir a qualquer hora. As ervas amargas significavam a amargura da escravidão. (Êx. 12:6- 11)

Comer o banquete da páscoa vestidos e prontos para a viagem era como um sinal de FÉ dos Hebreus. Embora não estivessem ainda livres, eles precisavam estar preparados, porque Deus havia dito que os tiraria do Egito. Demonstramos nossa fé quando nos preparamos para o cumprimento das promessas de Deus. Por mais improváveis que estas possam parecer. (Êx. 12: 11)

3. PORQUE COMEMORAMOS A PÁSCOA?
DEUTERONÔMIO 16: 1- 3

Para lembrarmos do dia que saímos da escravidão do Egito, ou seja, o dia que fomos libertos do pecado.
Nós não saímos propriamente do Egito, pelo menos não literalmente, mas fomos escravizados no Egito dos nossos pecados. Porém Deus nos libertou, e nos fez atravessar o mar, o grande mar, para não voltar e cometer os mesmos pecados.

1 CÓRINTOS 5: 7- 8
Nós devemos ser uma nova massa, sem fermento, sem levedura. Pois Cristo é a nossa páscoa.

4. COMO APLICAREMOS ISSO EM NOSSAS VIDAS?
MATEUS 26: 2, 47- 50
MATEUS 27: 1, 2, 11- 17

Qual será sua escolha? A quem você quer libertar em sua vida? Cristo ou Barrabás?
Barrabás representa a escravidão no Egito, que é a escravidão dos pecados.
Jesus Cristo representa o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

Mas a escolha está em suas mãos, e agora o que fazer? A quem soltar? Não lave as suas mãos como Pilatos. Nós estamos celebrando a Páscoa, e como diz Pilatos temos que soltar um dos dois, e qual será a sua escolha? Cristo, chamado Jesus ou Barrabás?

Para libertar Cristo em sua vida siga estes passos:
• Arrepender
PROVÉRBIOS 28: 13
1 JOÃO 1: 9
• Aceitar o sacrifício de Cristo
JOÃO 1: 12
JOÃO 5: 24
• Confessá-lo
ROMANOS 10: 9- 13

5. CONCLUSÃO
Todo primogênito dos egípcios havia morrido, mas as casas israelitas foram poupadas porque o sangue do cordeiro fora passado em seus umbrais. Então começa a história da redenção, o tema central da Bíblia.

Redenção significa “comprar de volta” ou “salvar do cativeiro pagando um preço”. Uma forma de comprar um escravo era oferecer em troca um escravo equivalente ou superior. Este foi o modo que Deus escolheu para nos comprar - Ele ofereceu o seu Filho por nós.

Nos tempos do Antigo Testamento, Deus aceitava ofertas simbólicas. Como ainda Jesus não havia sido sacrificado, Deus aceitava a vida de um animal em lugar do pecador. Ao vir a este mundo, Jesus substituiu sua vida perfeita por nossa vida pecaminosa e pagou a pena pelo pecado que cometemos. Desse modo, Ele nos redimiu do poder do pecado e nos restabeleceu para Deus. O sacrifício de Jesus tornou desnecessário o sacrifício animal.

Se desejamos ser livres das conseqüências mortais do nosso pecado, um enorme preço deve ser pago, Jesus Cristo faz isto por nós, sendo o nosso substituto na cruz. A nossa parte é simplesmente confiar nEle e aceitar o seu presente de vida eterna.

Como Jesus pagou o preço pelo nosso pecado, o caminho foi aberto para começarmos uma relação com Deus. (TITO 2: 14; HEBREUS 9: 13- 15, 23- 26)

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